Décio Adams

Nesse texto encontrei uma passagem que eu aplicava nos meus anos de estudos no Seminário, na época Ginásio. Até latim estudei e aprendi. O que nunca deixava de fazer era escrever, reescrever. Quando o conteúdo estava em um livro, eu lia o texto com atenção e fazia um resumo com o que ficara memorizado. Comparava o resumo com o texto e completava as lacunas existentes e assim me tornei um aluno destacado em todas as disciplinas. Não havia aquela em que eu não fosse o detentor de uma das melhores notas ao final de cada período de avaliação. Não foi por nada que, enquanto essa prática persistiu, estava praticamente sempre classificado em um dos três primeiros lugares da turma, na hora da Leitura de Notas e classificação em lugares por média final. Maior parte das vezes era o primeiro, algumas o segundo ou terceiro. Isso me deixou com um sentimento inicialmente de superioridade, mas depois percebi que tinha descoberto uma forma particular de aprender qualquer conteúdo. Assim passei o resto de minha vida escolar, depois acadêmica. Fiz diversos concursos e praticamente em todos fui aprovado.
Ao escrever, fazemos exatamente o que diz o texto: escrevemos no cérebro. O movimento das mãos ao redigir o texto gravam nas estruturas neuronais da memória de modo indelével o teor do que foi estudado, escrito.